Assustado com teorias e explicações pseudocientíficas, cheias de misticismo que começaram a ocupar cada vez mais espaços na imprensa, Carl Sagan decidiu reafirmar o poder tão positivo quanto benéfico da ciência e da tecnologia que abria as portas para conhecimento no mundo e também como uma forma de recuperar os valores da racionalidade. Foi assim que lançou o livro O Mundo Assombrado pelos Demônios: A Ciência vista como uma vela no escuro.
As 9 regras do pensamento cético, segundo Carl Sagan
O livro fala sob a perspectiva do mundo em 1995.
A obra é acompanhada de recordações de sua infância, quando seus pais o colocaram pela primeira vez em contato com o modelo de pensamento fundamental para o método: o ceticismo.
Manter um pensamento cético não é tarefa fácil. De fato, em geral, resulta tão antinatural e contraintuitivo que recorda o mito de Sísifo: se descuidarmos um pouco sequer que seja, temos que voltar ao começo. No entanto, felizmente, existem algumas normas que podemos seguir quando perdemos a bússola. Normas estabelecidas no referido livro.
Toda uma defesa da ciência sobre a irracionalidade que podem ser encontradas nestas nove regras de pensamento cético:
Confirmar a realidade (independente dos fatos).
Fomentar o debate sobre a evidência dos proponentes desde todos os pontos de vista.
Não confundir especialistas e autoridade. (Na ciência não há autoridades, no máximo, há especialistas -não confundir com "especialistas" da Globo News-).
Reconhecer que sempre há mais de uma hipótese.
Não se aferrar a uma hipótese só porque é sua.
Acrescentar uma quantidade numérica é importante para discriminar hipóteses.
Em uma corrente de discussão, todos os enlaces devem funcionar, não só a maioria deles.
O mais simples é geralmente o mais provável.
As propostas que não podem ser demonstradas que são falsas não têm muito valor científico.
Fonte: MDig
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